O mundo literário sofreu uma grande perda neste final de semana com a morte do escritor Affonso Romano de Sant’Anna. O escritor faleceu no domingo (02) aos 87 anos, em sua casa, no Rio de Janeiro. Viúvo da também escritora Marina Colasanti, morta em janeiro, ele foi diagnosticado com Alzheimer em 2017 e estava acamado havia quatro anos.
Mineiro de Belo Horizonte, Affonso era formado em letras pela Universidade Federal de Minas Gerais. Participou de movimentos da vanguarda poética nas décadas de 1950 e 1960. Entre as mais de 60 obras publicadas, entre poesias, crônicas e ensaios, estão Que País é Este? (1980), Intervalo Amoroso (1998) e Como Andar no Labirinto (2012). Como cronista, passou por jornais como O Globo e Correio Braziliense.
Vida literária
Nas décadas de 1950 e 1960, Affonso Romano de Sant’Anna participou de movimentos de vanguarda poética. Em 1961 formou-se em letras neolatinas pela então Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da UMG, atual Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Em 1965 lecionou na Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), Estados Unidos três anos mais tarde, em 1968, participou do Programa Internacional de Escritores da Universidade de Iowa, que agrupou 40 escritores de todo o mundo.
Em 1969 doutorou-se pela UFMG. Em 1970 montou um curso de pós-graduação em literatura brasileira na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). De 1973 a 1976 foi diretor do Departamento de Letras e Artes da PUC-Rio, realizando então a “Expoesia”, série de encontros nacionais de literatura.
Ministrou cursos na Alemanha (Universidade de Colônia), Estados Unidos (Universidade do Texas e UCLA), Dinamarca (Universidade de Aarhus), Portugal (Universidade Nova) e França (Universidade de Aix-en-Provence).