Direira-e-Extrema-direita

Dilvo Tirloni – DIREITA E EXTREMA DIREITA – QUAL É A DIFERENÇA?

Cidade Dilvo Tirloni Opinião

Natural de Nova Trento/SC, Dilvo Vicente Tirloni é formado em História/UFSC e Administração/ESAG/UDESC, pós-graduado na Fundação Getúlio Vargas/SP (1971/72). Foi professor primário, secundário e universitário, Técnico do BRDE, participou da fundação do antigo CEAG/SC, hoje, SEBRAE. Foi presidente da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (ACIF). Foi Conselheiro do Sapiens Park; do Conselho Municipal do Meio Ambiente e do Conselho Municipal do Saneamento Básico/Fpolis. Autor de livros.
“As opiniões expressas neste artigo/coluna são de responsabilidade exclusiva do autor e não refletem necessariamente o ponto de vista deste veículo.”

Para entender o que é extrema direita, é necessário, antes, compreender o que é a direita. Se existe uma versão “extrema”, é porque há uma versão moderada — e é aí que mora a confusão de muitos debates atuais.

Historicamente, os sistemas políticos modernos são organizados em dois grandes campos – liberal e socialista. Até 1789, com a Revolução Francesa, o único modelo de governo era o absolutismo, onde o rei era o Estado. Tudo lhe pertencia — inclusive a propriedade dos súditos. Um modelo que, por essa régua, se assemelharia ao socialismo radical (Cuba, Coreia do Norte)

Com o Iluminismo, surge o liberalismo, um modelo político que propõe limites ao poder, com a separação dos três poderes, voto, e principalmente, cinco pilares: defesa da vida, dos direitos humanos, da propriedade privada, do livre comércio e da democracia. Esses pilares formam a base da chamada direita liberal.

Já a extrema direita, embora também valorize a propriedade privada, capitalismo e a democracia, costuma defender posturas enérgicas quanto a valores progressitas, resiste à dominância de minorias, em alguns países se rejeita a imigração e até rejeição à globalização. Em muitos casos, por ver tolerância e até apoios a comportamentos progressitas, constuma criticar a imprensa, o Judiciário. Defendem no limite a soberania, ordem e a disciplina. É um “prato cheio” precisamente aos socialistas de plantão, estes sim, defensores do radicalismo político e apoiadores de Governos sob Partido Único.

Um exemplo atual é o partido AfD (Alternativa para a Alemanha), que teve forte votação em 2025 (28%) e foi classificado como extremista pela inteligência alemã. Segundo relatório oficial, o partido propõe uma visão de sociedade baseada em etnia e ancestralidade — “incompatível com o Estado democrático moderno”, dizem seus críticos. O mesmo já se disse da Georgia Meloni, primeira ministra da Itália e classificada como “extrema Direita”.

Ou seja, a direita e extrema direita acreditam no indivíduo livre com responsabilidades. A extrema direita, não raro, tenta radicalizar um modelo único de identidade nacional, preservação dos valores conservadores, defesa dos valores da pátria, da ordem e da disciplina.

INFORMAÇÕES RELEVANTES

São considerados “Extrema Direita”:

Giorgia Meloni, primeira-ministra da Itália desde 2022.
Marine Le Pen, líder da extrema direita na França futura, Presidente da França
Alice Weidel, Alemanha, rosto do partido AfD com quase 30% dos votos
Donald Trump, presidente dos USA
Javier Millei, presidente da Argentina desde 2023
Bolsonaro, Ex presidente do Brasil
Santiago Peña – presidente do Paraguai desde 2023
Dina Boluarte – presidente do Peru desde 2022
Daniel Noboa – Equador reeleito em 2025
Vitor Orban primeiro ministro da Hungria, desde 2010.
Nayib Bukele presidente de El Salvador desde 2019.

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